sábado, 21 de agosto de 2010

Parlamentares e ministros da 1ª República, naturais do Concelho de Moncorvo

     Abreu, Júlio Henriques de – Nasceu a 10 de Dezembro de 1876 em Moncorvo, e era filho de António Marcelino de Abreu e Maria Benedita de Carvalho Abreu. Formado em Direito, foi juiz de Direito e governador da colónia de Cabo Verde em 1923-1926. Em 1921 foi eleito deputado pelo círculo de Moncorvo, nas listas do partido democrático.
Carvalho, Constâncio Arnaldo de – Nasceu em Moncorvo, em 1876 e era filho de António Manuel da Silva e Maria Elisa de Carvalho. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Foi advogado em Moncorvo e Conservador do Registo Predial no Porto. Em termos políticos exerceu as funções de Administrador do Concelho e presidente da Câmara Municipal de Moncorvo, Governador Civil de Bragança (1917) e deputado pela capital Transmontana na legislatura de 1919. Faleceu no Porto em 1929.
Correia, Francisco António – Nasceu em Moncorvo a 9 de Novembro de 1877; filho de Francisco Correia Ralha e Maria dos Prazeres Morais de Sampaio e Melo. Casou com Antonieta de Bastos Correia, da qual teve geração. Durante o período da 1ª República foi Director do Instituto Industrial e Comercial entre 1917 e 1928; integrou a missão intelectual que acompanhou António José de Almeida ao Brasil (1922); esteve incumbido das negociações de um modus vivendi com a França (1923) e, já fora daquele período continuou a desempenhar cargos de relevo até 1938. Independente politicamente, assumiu o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros em 26 de Junho de 1920… Integrou o primeiro Corpo Directivo da revista Seara Nova, entre 15 e 16 de Outubro de 1921, tendo sido indigitado Ministro do Comércio nessa altura. Assumiu ainda a pasta das Finanças, mas por pouco tempo. Já fora do período da República, continuou a desempenhar cargos de relevo até 1938. Faleceu em Lisboa, nesse mesmo ano.
Durão, Alfredo José – Nasceu em Urros a 27 de Agosto de 1860 (Moncorvo) e era filho de Manuel António Durão e Maria Joaquina Monteiro Durão. Assentou praça em 1874, seguindo a carreira militar na arma de Artilharia. Promovido a alferes em 1883, atinge o posto de major em 1909.. Professor de Ciências no Liceu Passos Manuel, foi chefe de Repartição na Direcção Geral dos Trabalhos Geodésicos, sendo eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte em 1911 e senador nesse mesmo ano, pelo círculo de Moncorvo.
Monteiro, Abílio Adriano Campos – Nasceu em Moncorvo a 7 de Março de 1876. Filho de José Carlos Monteiro e Maria Joaquina de Campos Monteiro. Formou-se em Medicina na Escola Médico - Cirúrgica do Porto, dedicando-se à medicina, e especialmente à literatura e ao jornalismo. Pelo seu prestígio literário, chegou a ser equiparado pelo Abade Baçal a Camilo Castelo Branco e a Guerra Junqueiro…Foi eleito deputado em 1918, pelo círculo do Porto…
Pires, Adriano Marcolino de Almeida – Nasceu a 4 de Dezembro em Moncorvo, filho de José Joaquim Pires e Conceição de Almeida Pires. Formou-se em Direito e seguiu a magistratura, tornando-se Juíz de Direito. Foi eleito deputado pelo círculo de Moncorvo, em 1918.
                               In Parlamentares e Ministros da 1ª República (1910-1926), A.H. de Oliveira Marques (coord.), 2000
                                                               Conceição Salgado – Texto adaptado



terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma estorinha da Júlia

Hoje,17 de Agosto, é o aniversário da nossa querida colega Júlia Biló.Com abraços de parabéns,desejamos-lhe as maiores felicidades.Dela é o conto que se segue, para os avós lerem aos seus netinhos:

A Joana e o cão Damião e o gato Damiau
A Joana foi brincar para o parque com outras meninas e meninos da sua escolinha.
Também foram duas professoras.
Havia no parque muitos mais meninos e meninas que andavam de balouço, andavam no escorrega e também andavam a correr , a jogar às escondidas e a jogar à bola.
As professoras vigiavam para que nenhum caísse nem se magoasse.
A certa altura a Joana viu um cãozinho pequenino, com um focinhito muito lindo, mas muito triste.
A pequerrucha deixou o balouço e veio fazer uma festinha ao cachorrinho. 
Uma professora disse:
-  Cuidado, Joaninha, que o cão pode morder.
A Joana respondeu:
- Ele ainda é pequenino.
Então o cachorrito lambeu a mão da Joana e fez:
- Béu, béu !
- Que engraçado - disse a Joana para a professora – o cão disse que se chama Damião.
A professora sorriu e outros meninos e meninas vieram brincar com o Damião que voltou a fazer  :
- Béu, béu !
A Joana disse então para os amiguinhos:
-  O Damião diz que anda perdido.
- Béu, béu ! Béu, béu ! – repetiu o Damião.
- E diz que não sabe do seu amigo .
- Quem é o teu amigo? - perguntou-lhe a Joana.
- Béu, béu !
- Ele diz que é o Damiau.
- E quem é o Damiau? – perguntaram os amigos da Joana.
O cãozinho respondeu :
- Béu, béu ! Béu béu !
-  O Damião diz que o Damiau é um gatinho branco com quem ele gosta de brincar -  explicou a Joana.
Os meninos e meninas começaram a procurar pelo parque o tal gatinho branco,  enquanto iam chamando em voz alta: 
- Damiau ! Damiau !
As professoras olharam uma para a outra e abanaram a cabeça, porque acharam muito estranho que só a Joana entendesse o que o cão dizia quando fazia :  “Béu, béu” .
E então perguntaram :
- Ora diz lá, Joaninha, tu entendes mesmo o que o cão diz? 
Antes da miudita responder, o Damião voltou a fazer :
- Béu, béu ! Béu, béu !
A Joana riu e explicou:
- O Damião diz que eu o entendo, porque ele me deu um beijinho na minha mão.
E lá vai ela correr e a chamar : - Damiau ! Damiau !   seguida do Damião com o seu  -  Béu, béu ! Béu, béu !
As professoras também correram e, rindo como as crianças, chamavam pelo Damiau.
E  não é que nessa altura apareceu um gatinho pequenino, todo branquinho como um novelo de lã, com uns olhos grandes muito verdes, que correu direitinho para o Damião e, depois de um grande abraço,  rebolaram ambos na relva muito felizes .
Depois levantaram-se e o Damião fez : - Béu ! Béu! .
O Damiau fez : - Miau ! Miau!
E a Joana disse: 
- Agora vão para casa.

Então, as meninas e os meninos, as mães e os pais e avós e professoras, que estavam no parque e acharam muita graça ao Damião e ao seu amiguinho Damiau desataram a bater palmas.

Postado por Lelo Brito