tag:blogger.com,1999:blog-56607798488285627272024-03-19T09:44:09.521+00:00Associação dos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos MonteiroAAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.comBlogger86125tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-9273230914229037992011-06-05T16:04:00.009+01:002011-06-05T16:26:08.822+01:00<p class="MsoNoSpacing" align="center" style="text-align:center;text-indent:35.4pt"><b><span lang="PT">NOTÍCIA SOBRE O ENCONTRO ANUAL DE 2011<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">Nos dias 28 e 29 do passado mês de Maio teve lugar em Torre de Moncorvo o encontro anual da nossa Associação, concretizando-se assim mais uma oportunidade de convívio entre antigos colegas e amigos.</span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">O respectivo programa, previamente anunciado junto dos associados e publicamente divulgado, atraiu cerca de 90 pessoas que viveram um dia de grande animação e entusiasmo, matando saudades e revive</span>ndo a antiga e sã camaradagem.</p> <img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiByXRRK9FAACtpba8j0krMYoajueLYorqch8f2aIhgE4lcrkC3lzVXSCsGKgxRLyYR1FdWo04t_fWI6IfHiHmDhKvmetOiQ_UZz7VhH7789UTpNxMTXYg7lIJAHPxoQqVtnO7xR98XykA/s320/DSC02631.JPG" style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614752607918870402" /><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">O dia 28 começou co</span><span lang="PT">m a habitual concentração no adro da Igreja Matriz a que se seguiu a celebração, pelo Padre Sobrinho, de uma missa em memória dos professores e alunos falecidos. Logo de seguida, já no auditório da Biblioteca Munici</span>pal, decorreu o acto de lançamento do livro «ANGOLA – O Conflito na Frente Leste», da autoria de Benjamim Almeida, que foi aluno do antigo Colégio Campos Monteiro. Nesta obra o autor faz um relato da sua experiência no cumprimento do serviço militar obrigatório, em particular da sua intervenção na guerra colonial na zona Leste de Angola. </p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">Com a patente de capitão miliciano</span> desempenhou as funções de intermediário entre as autoridades militares da região e a direcção da UNITA, com vista à manutenção do acordo de não agressão mútua em vigor.</p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgedgEUartucJhnZgaGWCUQGNmCnPq7RqOxd0BU63RAM391r240Gy1jDdwCEsi2NA_Aqt5EBK8zrlG_QL698pBYkxv1X59RgT5Wd_W-yTA8CJfCKR5tnrWYIu20aAcIttrUXZe2wSok8KI/s320/IMG_9974+%2528Large%2529.JPG" style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614753732166747202" /></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">O livro foi apresentado pelo Dr. João Manuel Alves de Oliveira, amigo e companheiro de armas do autor, que fez uma breve exposição do seu conteúdo. Assistiu-se a uma elucidativa descrição e interpretação de ocorrências que proporcionam ao leitor uma visão do contexto e circunstâncias de uma época relevante para a História recente de Portugal. Ao mesmo tempo o apresentador chamou a atenção para experiências e intervenções de carácter pessoal e de grande humanidade que perpassam na memória de quem as vivenciou e encontram eco nas memórias de todos os ex-combatentes da guerra colonial. A apresentação foi brilhante e muito aplaudida.</span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEl5R-oanZ9kxPD1A8OPhTOmGI0hf-Wgfrq3GsnGna8Fl-3qkDht_Kl0rkig9cdYSTKcLF9ReTDafQVIu-Pb9gAoikg6B2GOMecUizQtRncuc98UGpnMl5Q2XBHKzc_UiDSVlz9Z66BTI/s1600/IMG_9968+%2528Large%2529.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEl5R-oanZ9kxPD1A8OPhTOmGI0hf-Wgfrq3GsnGna8Fl-3qkDht_Kl0rkig9cdYSTKcLF9ReTDafQVIu-Pb9gAoikg6B2GOMecUizQtRncuc98UGpnMl5Q2XBHKzc_UiDSVlz9Z66BTI/s400/IMG_9968+%2528Large%2529.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614755210434371810" /></a></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">A sessão foi presidida pelo Vice-Presidente da Câmara Municipal, Engº José Aires, estando presentes na mesa, além do autor da obra, a directora da Biblioteca, Dr.ª Helena Pontes, o representante da Âncora Editora, Dr. Rogério Rodrigues e o presidente da direcção da nossa Associação, Engº Ramiro Manuel Salgado.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">Terminada a cerimónia de lançamento teve lugar o já tradicional almoço no polivalente da Escola Secundárias Dr. Ramiro Salgado com a presença de 90 pessoas, entre as quais o Director do Agrupamento, Dr. António Alberto Areosa, também ele nosso associado. A refeição foi servida em regime de <i>bufett</i>, muito rica e variada, que foi certamente do agrado de todos. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">O almoço e o convívio foram acompanhados de animação musical com a presença da Escola «SaborArtes», grupo de Torre de Moncorvo constituído essencialmente por jovens tocadores de cavaquinhos e violas. A sua actuação, à base de peças populares, foi uma agradável surpreza, revelando uma interpretação de alto nível de formação musical.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">A contribuir também para a animação deste convívio foi possível apreciar um pequeno mas excelente concerto de guitarra de Coimbra, apresentado pelo Dr. Luis Plácido, antigo estudante da respectiva universidade e nosso particular amigo, o que nos permitiu reviver os velhos tempos de estudante. Por último actuou o conjunto dos irmãos Pestana José e Manuel, à viola e guitarra respectivamente, que nos deliciaram com fados de Lisboa cantados pela esposa do Manuel e também de Coimbra, interpretado por um dos membros do grupo «SaborArtes». (Que me desculpe a pessoa em causa por não conhecer o seu nome para aqui registar).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT">Creio que todos os presentes ficaram agradados com os momentos de convívio e confraternização que, esperamos, constituam um incentivo para a organização e concretização de futuros encontros dos nossos associados.<o:p></o:p></span></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBzNPM4HQb_njjok_bWJKTv5jDPzWK206PoWTsU4Qkpcods725vph4QJyGUkimXzzHBFFYHg95_PGOhSV5OgK5oE6kB5VvqQ_1cu5f1PWTIasc1GJG8gASmJ4PD7vX36Nd7btrepibIDI/s1600/DSC02641.JPG" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBzNPM4HQb_njjok_bWJKTv5jDPzWK206PoWTsU4Qkpcods725vph4QJyGUkimXzzHBFFYHg95_PGOhSV5OgK5oE6kB5VvqQ_1cu5f1PWTIasc1GJG8gASmJ4PD7vX36Nd7btrepibIDI/s400/DSC02641.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614755891360689890" /></a><br /><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span lang="PT">No dia 29, Domingo, foi feita a visita cultural a Mós, em alternativa à de Urros inicialmente prevista no programa divulgado do Encontro Anual de 2011. É que já havia sido realizada tal visita em anos anteriores, facto que passara despercebido aos organizadores do progama. O grupo de visitantes, constituído por cerca de 20 elementos, teve oportunidade e o gosto de ser guiado pelo Dr. Nelson Rebanda, também nosso associado, profundo conhecedor da riqueza histórica e arquelógica da nossa região e, no que respeita àquela antiga vila medieval de Mós, transcendeu tudo quanto poderíamos esperar: Informações valiosa e detalhadas sobre alguns dos valores patrimoniais daquela terra. Tivémos oportunidade de visitar a Igreja Matriz, a Capela de Santa Bárbara, padroeira de Mós, a Capela de Santa Cruz, os vestígios do antigo castelo, a fonte romana, a casa da roda e o pelourinho, além de apreciar os arruamentos com as suas antigas casas de paredes de alvenaria de xisto, num estilo interessante, próprio da região.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Muitos locais haveria para visitar, mas a duração de cerca de 4 horas não dava para mais. Foi, no entanto, o suficiente para a todos os presentes deixar muito satisfeitos e agradavelmente supreeendidos pela riqueza patrimonial daquela terra, embora custasse ver o quanto mais poderia ser feito pelas autoridades competentes, no sentido de uma maior preservação de algumas edificações. O Presidente da Junta de Feguesia, Senhor Paulo Bento, teve a amabilidade de nos receber, acompanhar e, no final da visita, de nos oferecer um magnífico lanche na Sede da Junta de Freguesia.<o:p></o:p></span></p> <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV7DaZphSlef1cJ_6unsfhyphenhyphenwMEtF5wkuf8SI6oWmfZw-zrNdONnU1DxOLRcqhMMMSWgdqM4hGnQXz-bemoC910sr-olGqDf3lfEikMqrZXdqMzjmEtOFEO3cHvirW71xRxh8TnWp1NtTc/s1600/DSC02657.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV7DaZphSlef1cJ_6unsfhyphenhyphenwMEtF5wkuf8SI6oWmfZw-zrNdONnU1DxOLRcqhMMMSWgdqM4hGnQXz-bemoC910sr-olGqDf3lfEikMqrZXdqMzjmEtOFEO3cHvirW71xRxh8TnWp1NtTc/s400/DSC02657.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5614756956407066578" /></a> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:36.0pt"><span lang="PT"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Resta-nos deixar aqui registados os agradecimentos que a direcção da Associação dirige à Câmara Municipal de Torre de Moncorvo, ao Presidente do Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo, ao Presidente da Junta de Feguesia de Mós toda, toda<span style="mso-spacerun:yes"> </span>a ajuda e colaboração no sentido da concretização do nosso Encontro anual. Um abraço também ao Nelson Rebanda pela sua preciosa intervenção na visita a Mós e a todos que conosco colaboraram.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span lang="PT"><o:p> </o:p></span></p>Ramiro Salgadohttp://www.blogger.com/profile/16203014421958010815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-5862393339784110952011-05-19T14:02:00.001+01:002011-05-19T14:05:55.724+01:00A Direcção da nossa Associação tem prazer de anunciar a realização do Encontro Anual de 2011 (VIII) em 28 e 29 de Maio, cujo programa é o que a seguir se indica.<br /><br /><br />Dia 28 de Maio <br /><br />10h 00m: Concentração no adro da Igreja Matriz.<br /><br />10h 15 m: Missa por intenção dos Professores e Colegas falecidos.<br /><br />11h 45 m: Lançamento do livro “ANGOLA – O Conflito na Frente Leste”, da autoria de <br /> Benjamim Almeida, antigo aluno do ex-Colégio Campos Monteiro. O acto<br /> decorrerá na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo.<br /><br />13 h 00 m: Almoço na Escola Secundária Dr. Ramiro Salgado.<br /><br />De tarde: Parte Cultural e Recreativa<br /><br />Dia 29 de Maio<br /><br />9h 00m até ao fim da manhã: Visita guiada a Mós<br /><br /><br />À atenção dos Colegas e Amigos:<br />Para efeitos de organização, a direcção agradece aos Colegas e Amigos que nos confirmem a sua presença, fazendo a inscrição e indicando o número de pessoas, quer para o almoço quer para a visita a Mós, até 23 de Maio de 2011, através de um dos contactos a seguir indicados:<br />- António Augusto Afonso<br /> Rua da Natária, 95, 4250-327 PORTO<br /> Tel: 228390917 / 919191545<br /> ou<br />- Ramiro Salgado <br /> Rua João de Lisboa, 13, 2795-108 LINDA-A- VELHA<br /> Tel: 214193328/96 243 5898<br />E-mail: ramirocfsalgado@gmail.com<br />Para qualquer esclarecimento poderá, também, contactar:<br />- Benjamim Almeida: 219216634/914513182 (*) <br /> E-mail: benjafernalmeida@gmail.com<br />- Isidro Correia: 917291738<br /> E-mail: isidrocorreia@gmail.com<br /><br />Nota: Por não possuirmos contacto de alguns colegas e amigos agradecemos a divulgação desta iniciativa.Ramiro Salgadohttp://www.blogger.com/profile/16203014421958010815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-38076742896400313902011-05-19T12:18:00.001+01:002011-05-19T12:22:35.652+01:00Palestra promovida no passado dia 6 de MaioNo passado dia 6 de Maio foi proferida na Escola Secundária Dr. Ramiro Salgado, uma palestra, sob o título “Certificação na Qualidade”, pelo antigo aluno do Colégio Campos Monteiro, Manuel Serapicos. Esta iniciativa, promovida pela nossa Associação e que se insere no seu âmbito de actividades, foi levada a cabo com o intuito de contribuir para a divulgação, junto da comunidade escolar daquele estabelecimento, da existência do sistema de Certificação de Gestão na Qualidade e que cada vez mais empresas, quer de produção de bens transaccionáveis, quer de serviços o têm adoptado no âmbito dos seus planos de actividade. <br />Ao longo da exposição foi mantido diálogo entre o palestrante, alunos e professores presentes, com sinais de interesse e curiosidade pelo tema, apesar de este não fazer parte das matérias curriculares. <br />No acto estiveram presentes o Director do Agrupamento, dr. Alberto Areosa e o presidente da direcção da nossa Associação.Ramiro Salgadohttp://www.blogger.com/profile/16203014421958010815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-72321295692690339472011-04-15T21:50:00.000+01:002011-04-15T21:50:15.149+01:00Encontro na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa<!--[if gte mso 9]><xml> <w:WordDocument> <w:View>Normal</w:View> <w:Zoom>0</w:Zoom> <w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone> <w:PunctuationKerning/> <w:ValidateAgainstSchemas/> <w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:Compatibility> <w:BreakWrappedTables/> <w:SnapToGridInCell/> <w:WrapTextWithPunct/> <w:UseAsianBreakRules/> <w:DontGrowAutofit/> </w:Compatibility> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Realizou-se ontem, 4 de Dezº , na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro<span> </span>de Lisboa, o anunciado encontro dos<span> </span>antigos Alunos e Amigos do nosso velhinho Colégio Campos Monteiro.. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">O dia estava frio e chuvoso, mais convidava a ficar em casa, à lareira, do que vir por aí fora, calcorreando estradas e depois, em Lisboa,<span> </span>ainda ter de procurar estacionamento.<span> </span>Pois, apesar do tom cinzento e da feia carantonha do tempo, compareceram cerca de uma centena de velhos – e mais novos -<span> </span>colegas e amigos .<span> </span>Estavam não só muitos dos<span> </span>residentes na capital, mas também arrostaram o temporal colegas vindos do Porto, de Moncorvo, de Carviçais, do Felgar, etc. etc.<span> </span>A Amizade é uma Força !<span> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Foi esta Força que proporcionou momentos de intensa alegria pelo reencontro,<span> </span>por vezes, após mais de 50 anos de afastamento e de silêncio . Foi um atropelo de exclamações e perguntas e abraços. Foi um reavivar de memórias daqueles tempos que, embora de inocência, envolviam já sacrifícios e responsabilidades. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Perdoem o quase sacrilégio do que vou dizer : houve um momento em que, se eu soubesse cantar, teria entoado<span> </span>o “Hino à Alegria” que é também o hino à Amizade e à Liberdade :<span> </span>“Todos os homens serão irmãos ...”. </span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Mas vamos deixar esse momento de grande comoção e passemos ao almoço, também ele composto de manjares dignos dos deuses: alheiras , queijos,<span> </span>presunto, cabrito e vinho da nossa terra ! Não há nada que se lhe compare.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Estou a fazer inveja aos ausentes?<span> </span>É bem feito...</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Às 16 horas teve lugar a 2ª parte do encontro: a apresentação do nº especial da nossa Revista<span> </span>“ República e Educação” (umas palavrinhas ditas por mim)<span> </span>e a apresentação do excelente<span> </span>livro do António Júlio Andrade : “História Política de Torre de Moncorvo : 1890-1926 “,<span> </span>a cargo do Rogério Rodrigues,<span> </span>que nos brindou com uma análise de grande rigor e muito saber<span> </span>como, aliás,<span> </span>é seu hábito<span> </span>e a qual foi muito aplaudida.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">Várias vozes se ouviram no final deste encontro,<span> </span>manifestando o desejo de outros encontros semelhantes e com maior frequência.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">A Direcção da Associação congratula-se pelo êxito de mais esta actividade e agradece a todos os Associados e Amigos a sua presença e o seu apoio.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 14pt; line-height: 115%;">E uma última, mas não menos importante, palavra de agradecimento vai também para a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro pelo caloroso acolhimento que muito contribuiu para a concretização deste evento, no qual esteve presente a Sra.Dra.Maria de Lurdes Vaz Marques, membro da Direcção desta instituição.</span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Júlia Ribeiro, 5.Dezº de 2010</span></div>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-40879386602529591762011-03-28T12:04:00.000+01:002011-03-28T12:04:59.812+01:00NOTÍCIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio5saUXeG7WNhFnTULs3GDzh3wKHFhODLh_phOGcuUkzihmram63SP36Q52xZohr7uPdAdvYFcRLlNtHa-awt5CpUk5exGXtKihNA4951PiIDlOCFJ0F9KYEdVwbzx8uGUahkPCy0diQ0/s1600/ramiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio5saUXeG7WNhFnTULs3GDzh3wKHFhODLh_phOGcuUkzihmram63SP36Q52xZohr7uPdAdvYFcRLlNtHa-awt5CpUk5exGXtKihNA4951PiIDlOCFJ0F9KYEdVwbzx8uGUahkPCy0diQ0/s400/ramiro.jpg" width="400" /></a></div><br />
<br />
A palestra, sob o título “Energias Renováveis e Não Convencionais – Mobilidade Eléctrica”, proferida, no passado dia 18 do corrente, pelo Engº. Técnico Oliveira Martins, na Escola Secundária Dr. Ramiro Salgado, em Torre de Moncorvo, teve a presença de uma boa representação da comunidade escolar local e de pessoas que não pertencem ao Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo mas, igualmente, interessadas no tema.<br />
A exposição teve como objectivo contribuir para a divulgação da existência de uma imensa variedade de alternativas energéticas ao nosso alcance, suas principais características e potencialidades de utilização. Tendo sido genericamente descritos os sistemas energéticos, permitiu ter uma ideia das respectivas vantagens e desvantagens e tomar conhecimento dos níveis de implementação no nosso País.<br />
<br />
Como conclusões finais: <br />
a) Há um elevado interesse no aproveitamento dos nossos recursos, tendo em vista a sua utilização que se deseja crescente para evitar a nossa dependência energética e económica do exterior;<br />
b) Reforça-se a ideia da necessidade do aprofundamento de um desenvolvimento tecnológico de algumas das formas de energia disponíveis que determine uma maior implementação no nosso território, apesar das medidas estabelecidas a nível do Estado.<br />
No final da exposição, teve lugar um debate sobre alguns dos pontos apresentados o que veio demonstrar que o tema em questão despertou interesse junto dos assistentes. Que tivesse constituído algum estímulo é o desejo da Associação dos Alunos e Amigo do ex-Colégio Campos Monteiro.<br />
<br />
Ramiro Salgado<br />
<div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none;"></div><br />
<div class="separator" style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtapmN8G1mTpPrWuo751KulDCnMxeuojIhmxpwb7JOYMN2sql1skUA1oNqnfiE5HCrUszK5BgaI65fmEkxBIyOCUlTWPEFpv-mvNLjrOJqQRjwUgsmRn2yko7_YAofHbCeUtOCtAVSeOQ/s1600/DSC02051.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" r6="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtapmN8G1mTpPrWuo751KulDCnMxeuojIhmxpwb7JOYMN2sql1skUA1oNqnfiE5HCrUszK5BgaI65fmEkxBIyOCUlTWPEFpv-mvNLjrOJqQRjwUgsmRn2yko7_YAofHbCeUtOCtAVSeOQ/s400/DSC02051.jpg" width="400" /></a></div>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-68499483416782252862011-03-08T23:32:00.000+00:002011-03-08T23:32:55.242+00:00Energia Renováveis e Não ConvencionaisA Associação dos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro de Moncorvo tomou a iniciativa de levar a efeito no próximo dia <strong>18 de Março</strong>, pelas <strong>14 h 30</strong> m, na Escola Secundária de Moncorvo, uma palestra sobre o tema "Energia Renováveis e Não Convencionais".<br />
<br />
<br />
A palestra será proferida pelo Engº <strong>Oliveira Martins</strong>, um técnico de grande currículum, e muito interessado na problemática daquela matéria, cuja importância e actualidade, que não é demais realçar, merecem esta abordagem com o objectivo de divulgação e sensibilização não só junto da comunidade escolar daquela vila, mas também, em geral, junto daqueles a quem tal assunto possa despertar atenção.<br />
Não é demais realçar a oportunidade da apresentação do tema, tendo em consideração a situação actual das necessidades gerais do nosso País, não esquecendo a nossa Região, e a capacidade de resposta dos nossos recursos energéticos, vastos e com potencialidades para aproveitamento que se deseja cada vez maior, em muitas áreas.AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-65429115652522831882011-03-08T21:48:00.000+00:002011-03-08T21:48:18.040+00:00Albino António Lopes AreosaNotícia<br />
<br />
Faleceu no passado dia 2 do corrente, o Colega da Associação dos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro, Albino António Lopes Areosa, antigo aluno do Colégio Campos Monteiro, que era sobrinho da saudosa Professora daquele colégio, Drª. Lucília Lopes de Sousa, e pai do Dr. António Alberto Areosa, Presidente do Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo. À Famíla enlutada a Associação apresenta sentidas condolências.AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-79401451834152620192011-01-02T16:20:00.000+00:002011-01-02T16:20:34.120+00:00PRESÉPIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC73w-N-gYBaM2zkkS9XxrEG94WtR4uUA9X6_zl34i3b2WgrgfkgZkqMyiKCvlszlK0w081c9kk8kYLoBu3rLf9lUX8FSFKR4oKmRRVy_hLS6Azl0oa-JFemy47gnZ376Fd_uLSoqsg1w/s1600/HPIM6650.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="303" n4="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjC73w-N-gYBaM2zkkS9XxrEG94WtR4uUA9X6_zl34i3b2WgrgfkgZkqMyiKCvlszlK0w081c9kk8kYLoBu3rLf9lUX8FSFKR4oKmRRVy_hLS6Azl0oa-JFemy47gnZ376Fd_uLSoqsg1w/s400/HPIM6650.JPG" width="400" /></a></div>Um presépio , obra do nosso Colega e Amigo , Amândio Gomes , de Miranda do Douro, que é um excelente escultor. <br />
<br />
Pena que não queira expôr, pois todos ficaríamos mais enriquecidos admirando a sua arte.<br />
<br />
<strong>Júlia Ribeiro</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-2775694742492775252010-12-31T20:38:00.000+00:002010-12-31T20:38:32.137+00:00Coitada da moleirinha!Toda a noite a moleirinha peneirou, peneirou, <br />
e mesmo antes de subir a serra, cansada,<br />
e ofegante, a moleirinha errante<br />
a farinha despejou e em neve se tornou,<br />
branca e fria, leve, leve e fininha,<br />
feita de lágrimas da linda moleirinha; <br />
e tanto, tanto chorou! e tanto, tanto soluçou,<br />
que em lindo orvalho se moldou,<br />
vasto e imenso, imerso em frio denso, <br />
e toda a noite em cristal se ficou, <br />
o choro manso e humilde da linda moleirinha.<br />
<br />
Toda a noite a moleirinha<br />
peneirou, peneirou<br />
toda a gente assim dizia, <br />
esta noite é que nevou, é que nevou!<br />
e era um tal espanto, uma tal maravilha!<br />
deixando a terra, toda, assim toda branquinha!<br />
que até mesmo parecia, finos e requintados, <br />
sublimes e aprimorados, lindos! lindos,<br />
e esmerados, finos rendilhados<br />
da mais preciosa e trabalhada joalharia!<br />
e mesmo, mesmo a sufocar, sem mais aguentar <br />
começou a polvilhar sacos e sacos de farinha,<br />
e todas as casas, árvores, ruas e telhados,<br />
assim mesmo caiados, de tanta brancura <br />
mostrar, parece que a moleirinha, de neve andou a pintar,<br />
em brios de mil louvores, vidros esculpidos<br />
em mil rigores, polidos de mil favores,<br />
árvores lavradas de branco vestidas,<br />
estátuas, de mármores, antigas!<br />
Toda a noite a moleirinha<br />
peneirou, peneirou<br />
toda gente assim dizia, <br />
esta noite é que nevou, é que nevou!<br />
e o sol, até para brincar, lá no cimo, a brilhar<br />
e para se acreditar, começou de a acariciar<br />
e mesmo de leve, mesmo de levezinho<br />
lhe tocou a ciciar, e escutando, de mansinho,<br />
se sente o sussurrar ali naquele ribeirinho,<br />
onde o sol, de envergonhado, se ficou, escondidinho <br />
e era tanta a paz na terra, uma paz celestial, <br />
no meio de tal brancura, no meio de tal beleza, <br />
a formosura da neve era a maior riqueza!<br />
sem diferença, tudo igual, a moleirinha<br />
pintou , de neve, que maravilha!<br />
a terra toda e a paz divinal<br />
Toda a noite a moleirinha <br />
peneirou, peneirou<br />
toda a gente assim dizia,<br />
esta noite é que nevou, é que nevou!<br />
e um coelhito ousado, de focinho afiado,<br />
em pêlo eriçado, as orelhas espetadas, <br />
indiferente ao caçador, na neve deixa sulcado<br />
qual arado de lavrador, semente de ingenuidade, <br />
coragem e liberdade e meio estonteado, <br />
sem medo da pontaria, procura um breve calor<br />
na calmaria da neve, branca e leve de uma tarde fria.<br />
Toda a noite a moleirinha<br />
peneirou, peneirou<br />
toda a gente assim dizia,<br />
esta noite é que nevou é que nevou!<br />
e mesmo no silêncio da calmaria no ar<br />
se escuta, se sente, e se pressente,<br />
se adivinha, o respirar da linda moleirinha<br />
que toda a noite peneirou, peneirou<br />
e de neve, branca e fininha, pura, imaculada<br />
no silêncio de uma noite abafada<br />
em frio cortante, gelo afiado a terra redondinha pintou<br />
em brios de mil louvores, jóias de mil lavores,<br />
esculpidos e polidos, árvores de branco lavradas,<br />
vestidas de estátuas, de mármores, antigas,<br />
de neve, branca e fininha, pura, imaculada!<br />
Toda a noite a moleirinha <br />
peneirou, peneirou<br />
toda a gente assim dizia,<br />
esta noite é que nevou, é que nevou!,<br />
e o luar de prata , devagar, devagarinho,<br />
já a meio do caminho, desce a serra de mansinho <br />
em afagos de magia, sonhos de melodia,<br />
da lua redonda e nua, etéreos, brancos,<br />
fios prateados, de azul marchetados, tece , <br />
e na rua gelada e fria, suave calmaria, <br />
de paz, é iguaria, assim se insinua na alma<br />
mais dura, e a paz na terra, divina, <br />
amanhece, branca e pura, imaculada aparece.<br />
Toda a a noite a moleirinha peneirou, peneirou<br />
e tão cansada ficou, que a farinha soltou<br />
ali pela serra acima e tanto, tanto soluçou<br />
a noite inteira chorou, que em neve branca e fina<br />
se tornou. Coitada da moleirinha…..!<br />
e era um tal espanto, uma tal maravilha,<br />
deixando a terra assim, toda branquinha<br />
que até mesmo parecia, finos e requintados,<br />
sublimes e aprimorados, lindos, lindos <br />
e requintados da mais preciosa e trabalhada joalharia <br />
e o sol mediu em mil rigores, em mil favores<br />
depois, em mil lavores, poliu e esculpiu <br />
árvores lavradas de branco vestidas<br />
em brilhos de mil vidrilhos,<br />
estátuas, de mármores, antigas;<br />
Toda a noite a moleirinha<br />
peneirou, peneirou<br />
toda a gente assim dizia,<br />
Esta noite é que nevou, é que nevou<br />
Para todos,<br />
que o natal vos acache em muitas e muitas cachinhas de bênçãos!<br />
boas festas!!<br />
<br />
<strong>Arinda Andrés</strong><br />
<strong><br />
</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-10023061067553622802010-12-31T20:31:00.000+00:002010-12-31T20:31:41.292+00:00vossemecê tem uma cara igualzinha, igualzinha!...O Serafim ficou sem mãe ao nascer, e o pai, o Armando Cholim, pastor há muitos anos na Casa Grande, não era homem para abandonar as ovelhas e deixar o patrão. Habituado a calcorrear os montes, meses a fio sem descer ao povoado, não ia habituar-se a outra vida. Criado com uma tia, o rapaz, dada a escassez de recursos e terminada a escola, era necessário dar-lhe um rumo para se poder desenrascar e, querido como era de todos, ninguém se poupava a esforços para opinar sobre o destino do garoto; já que a sorte não o tinha bafejado, que ao menos, agora, a criança tivesse uma vida mais limpinha e bonita do que aqueles que tinham ficado ali, entre os torrões e as silvas de uma terra dura de cultivar, que fazia dos seus, escravos, e sujeitos ao trabalho de noite a noite. «P´ra ele estava bem era sapateiro, como o ti João Quim, ou alfaiate, o rapaz tem cabeça, lá isso tem». E foi assim, entre mimos e carinhos de uns e de outros, como caule fino e frágil, mas sempre direitinho, que foi crescendo, não pensando, nem lhe passava pela cabeça, um dia, ter que deixar a rua e os vizinhos, onde tudo lhe era tão familiar, naquela cabeça de cabelos encaracolados, ruços, como os anjos o tinham pintado, nem mesmo se esquecendo de lhe pôr uns olhos tão cheios de sonhos e de amor como macia era a cor do mar, que o Serafim sabia, de cor e salteado, o nome de todos os cães, e, se alguma galinha ou peru, mais cabeça no ar, se extraviava, ele saberia, de imediato, do seu paradeiro: «Olhe, a sua pita, andava agora na terlavila (atrás da vila), quer que la vá lá botar para baixo?». E da sua boca pura, infantil, nunca se ouviu qualquer palavrinha que não fosse dita e ouvida como um bem, tal era a generosidade e alegria que sempre manifestara; leve como um pardal, ao passar por esta ou aquela porta, havia sempre de dizer com inteira prontidão: «Quer que le vá a um recado?»; e ia mesmo, ia num pé e vinha noutro, tão ligeiramente e tão eficientemente, que ninguém ousaria questionar sobre qualquer solução apresentada, e rapidamente, pois o garoto, a despeito de muitas e muitas ausências e carências em que cresceu, nunca lhe faltou a resposta, pronta e rápida com que premiava quem o interpelasse. E no tempo em que as searas, soberanamente e desdenhosamente se ostentavam em exuberantes caules de seiva madura, pronta a cortar para sustento dos animais, era ver o Serafim, cheio de gaitas, que dava a quem lhas pedisse, emitindo belos trinados, de fazer inveja a qualquer pardal, que se arvorasse o título do mais sublime gorjeio; natural e harmoniosamente, como se, já nas mãos, trouxesse também a harmonia gorjeante e o timbre dos sons, metendo as rudes gaitas nos beiços de querubim, encantava quem o ouvisse, «parece um melro…que bem! nem um canário, o raparigo!»<br />
Estávamos em 1952, a água transbordava nos chafarizes de Santo Apolinário e do Couço, e em fiozinhos esperançosos, corria suavemente, ora sumindo-se aqui, encolhendo-se ali, ou demorando-se, ténue e intermitente, no contorno de algum seixinho, antes de chegar às hortas vizinhas; as oliveiras vergavam-se ao peso das azeitonas e as amêndoas, de um aveludado macio e tenro, em casca dura, áspera e castanha se amontoavam, depois de secas em casa, ou na rua para se entregarem ao malhadoiro certeiro. E na luz fina e macia de um Outono doirado, suave e sereno, divinamente colorido, os rapazes, de calções e suspensórios, cruzavam as ruas, de arco na mão, ligeiramente inclinados e de olhar embevecido no passar dos sonhos, perdido na inocência de uma infância pacata e acomodada ao aconchego constante e seguro da casa e da família. O sol refulgia no cinzento azulado das pedras de xisto e redobrava-se em promessas nos vidros das janelas. <br />
Mas o tempo passou e com ele o Serafim partiu, numa manhã fria e de vento agreste, para Lisboa. Os pardais alinharam-se nos beirais das casas, e tristemente, esconderam o bico sob as asas, descaídas de pesar. A gente ficou muda de tristeza, rematando num encolher de ombros conformista, por palavras, que nada dizem: «É a vida …». Mais um filho da terra, que partia à aventura. Trabalhava numa pequena mercearia, onde as pessoas faziam, sempre, as mesmas coisas; era um novelo, a desfazer-se em vontades, nas mãos do patrão e dos clientes e nunca ninguém reparou no Serafim. Encaixado lá no alto, num quartinho exíguo e mal arejado, a criança, com um olhar profundo, enternecidamente saudoso e magoado, via o vai e vem frenético das pessoas e lembrava a beleza da sua terra, o nascer do sol, mesmo ali, por cima da serra…, a apanha da azeitona, a quebra da amêndoa… mãos nodosas de trabalho ou ágeis de juventude, cheias de grão, a cair no alqueire, como pétalas a abrir em sonhos e ilusões, e histórias dos antigos, a encurtar o serão de tempos bem diferentes…, o cheiro do pão e dos bolos da festa, os jogos com os rapazes na praça… e nas meninas dos olhos do Serafim, os amigos passavam, à volta das eiras, de arco na mão, à luz de um Outono soalheiro e luminoso…As saudades apertavam-lhe a garganta, escureciam-lhe o olhar, antes, aberto e limpo, agora, escondido entre sobrancelhas, tensas e pesadas de melancolia e de receios; na cabeça, as lembranças derretiam-lhe a alma, e diluíam-se em apegos dos sentidos à sua terrinha natal, em acordes de melodias, que ecoavam em gargalhadas felizes, enamoradas, das raparigas, sobrepondo-se ao martelar dos malhadoiros, ao escachar das amêndoas e ao cair sonoro do grão, no açafate velhinho, de noites e noites, a encher-se de ilusões e de esperanças; depois, à meia-noite, qual revoada de pássaros a festejar baptizado, bandos de mocidade animada, em grupos de realejo e concertina, cantavam ao despique, enquanto os pares rodopiavam, ao som do coração, no terreiro; ele bem se lembrava, e que saudades..! andava cabisbaixo e amofinado, apesar de não querer dar-se por vencido. Mas acreditava sempre que as coisas haviam de mudar. Sentado num banquinho de jardim, sozinho, as lágrimas vieram confortá-lo de tantos desencontros que a vida lhe trouxera; os olhos embaciados, nem descortinavam a presença do polícia que, vendo a criança chorar tão tristemente, tão amargamente e tão doridamente, veio aproximar-se daquele rosto de menino ou de anjo, devia ser, com as lágrimas a escorrer pela cara abaixo. O dia rompera numa manhã doce, clara e sossegada, envolvida num manto de céu azul! O Serafim, de punhos da camisa devidamente esticados, olhou, de olhos bem abertos, soluçou profundamente, engoliu as lágrimas de um só trago e, limpando o nariz avermelhado de tanta emoção à manga do casaco que a madrinha lhe tinha dado para ir trabalhar para Lisboa, disse prontamente com um olhar límpido, tranquilo, e decididamente: «Vossemecê tem a cara igualzinha, …igualzinha… a um homem da minha terra, que é muito meu amigo!». E ainda a soluçar, engolindo o pão duro, amaciado com as lágrimas da tristeza: «O senhor é igualzinho, igualzinho a ele!». O agente de autoridade, já esquecido da autoridade, das leis e de todos os códigos de identificação, estendeu a mão, generosa, segura e protectora, ao menino frágil, indefeso e desprotegido, mas forte de sentimentos, e caminharam rumo ao lar. Os pássaros, todos! debaixo de um céu azul, divinamente azul, em gorjeios celestiais, cantaram hinos de alegria! A luz do sol brilhou intensamente, com uma luz quente de gratidão e inocência, alegremente! E veio meter-se com os caracóis de um menino que partiu sozinho para a grande cidade. O Serafim, num abrir e fechar de olhos, atirou-lhe uma piscadela, e as meias, a estoirar de curiosidade, e ávidas de cuidados maternais, espreitaram ainda mais, por baixo das calças, a deixar ver os tornozelos finos, de criança; mais direito ainda, para si e para os outros, nas voltas da vida, esticou bem aprumadamente o pescoço, e apertou a mão do amigo. Naquela noite, o Serafim entrou numa casa cheia de flores, a desabrochar em muitas e muitas primaveras e, apesar do seu tamanho, sentiu-se gente grande!<br />
<br />
<strong>Arinda Andrés</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-12676817607232753592010-12-16T19:11:00.000+00:002010-12-16T19:11:44.129+00:00AS MULHERES DA MINHA TERRAAs mulheres da minha terra,<br />
Não tinham a pele fina,<br />
Nem tingiam os lábios de cor purpurina.<br />
<br />
As mulheres da minha terra,<br />
Não punham flores na cabeça;<br />
Dobravam -se ao peso da guerra e à dor da tristeza.<br />
<br />
E quando a vida era noite, cobriam-se de merino preto;<br />
Sumiam-se nas sombras pardas do monte,<br />
E de passadas largas, carregavam água da fonte.<br />
<br />
Vinham mesmo de manhãzinha,<br />
Ou mesmo antes de romper o amanhecer.<br />
De rodilha na cabeça; o cântaro d´água fresca para beber.<br />
<br />
Traziam água, traziam rosas, sonhos e ilusões,<br />
No ribeiro ficou a mágoa e na roupa bem lavada,<br />
As mulheres da minha terra, de pele acetinada, trazem rios d` emoções.<br />
<br />
<br />
arinda andrés, Quando a vida era noiteAAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-87727751765045708002010-12-16T18:38:00.000+00:002010-12-16T18:38:33.100+00:00torce por issotorce por isso,<br />
não vá o enguiço,<br />
fazer-te submisso<br />
e de improviso<br />
malicioso feitiço<br />
sinuoso serviço<br />
insubmisso<br />
em rebuliço,<br />
prolixo<br />
sem lei nem siso<br />
ambicioso<br />
pernicioso juízo<br />
conciso aviso<br />
sorrisoindeciso<br />
toque impreciso<br />
se tece fio de luz<br />
fio de sombra<br />
amanhece<br />
toque impreciso<br />
<br />
<strong>A.Andrés</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-20514349149500553462010-12-16T18:34:00.000+00:002010-12-16T18:34:46.944+00:00CALEIRA GOTEIRAtrovas, trovando<br />
e calando<br />
a caleira<br />
goteira<br />
goteja gotas<br />
na cal da eira <br />
se a cal se acala<br />
e o vento se cala<br />
fica a ceifeira<br />
sem eira nem beira<br />
enquanto a caleira<br />
se cala e a água cai<br />
na fraga larga,<br />
despeja a água <br />
da corrente para a fonte<br />
e do monte para a ribeira<br />
rasteira, que bordeja<br />
e fareja a água<br />
que sobeja<br />
e goteja gotas na<br />
cal da eira,<br />
a goteira<br />
da ribeira para<br />
a caleira goteira<br />
<br />
<strong>arinda andrés</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-8669862382725097412010-12-16T18:12:00.000+00:002010-12-16T18:12:23.315+00:00MemóriasEm tempos que já lá vão, uns boémios, entre os quais um irmão meu, deitaram uma das bolas do Tribunal ao chão.<br />
Fois um acto de vandalismo.<br />
Em Fevereiro de 1978, cansado de ver aquele disparate, fiz uma quadra que colei na bola caída.<br />
Assim:<br />
<br />
<br />
Se a Justiça fosse macho,<br />
Teria sido castrada;<br />
Como é fêmea, ó diacho,<br />
´Tá somente “avariada”.<br />
<br />
E a bola voltou para o lugar. Com aquilo se provou o poder das palavras (e poucas!).<br />
<br />
De Sidónio Fernandes<br />
27.11.10. AlgésAAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-77859247588545416212010-12-16T18:09:00.000+00:002010-12-16T18:09:33.973+00:00POEMAEu não existo.<br />
<br />
Sou excrescência, um quisto<br />
Da humanidade<br />
Imitar Cristo<br />
É grande dificuldade;<br />
Foi um revolucionário, <br />
Daí o seu calvário.<br />
Os irmãos Graco<br />
Na Roma Imperial<br />
Foram mortos<br />
Ao pregarem a justiça social.<br />
Gandhi, em África, na Europa,<br />
Na India, sem tropa,<br />
Fundou um país em 1947;<br />
Ele foi Rei, não foi valete.<br />
Por último Che Guevara,<br />
Um justiceiro,<br />
A quem Torga chamou <br />
“Jesus Cristo guerrilheiro”<br />
Todos defenderam os pobres,<br />
Tiveram caridade,<br />
São figuras nobres<br />
Da humanidade.<br />
<br />
<strong>De Sidónio Fernandes</strong><br />
2006. QueluzAAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-55243583164350295852010-12-11T20:09:00.000+00:002010-12-11T20:09:59.582+00:00NOS MEUS TEMPOS DO COLÉGIO - A Sala de EstudoEra uma sala ampla, vazia de sons e de movimento, em manhãs frias, de invernos amodorrados nas pedras húmidas e escorregadias, cinzentas também na bruma de uma neblina escura a descortinar uma porta aberta de par em par, com um lance de escadas em granito, silencioso, que conduzia ao tempo do estudo, do tirar dúvidas, de explicar, repetir, insistir e prestar atenção. Era ao lado da secretaria, do senhor Antoninho, que, enquanto o professor não chegasse, ia cortando o silêncio de um bsbsbs, com um olhar tranquilo e calmo de um rosto afável, emoldurado pela serenidade dos cabelos brancos, que olhava placidamente, aqueles jovens, alguns ainda a lembrar o calor das lareiras ou o ninho dos cobertores de papa, ainda não arrefecidos, de rapazes e raparigas, alguns, nem todos, que se levantavam de madrugada, de geadas e vendavais “para ser alguém na vida”. E aconchegados às carteiras de madeira, naturalmente, ali se aguardava, a chegada do professor em que as coisas precisavam de ser bem aferidas, e, inevitavelmente, para quem a vida se limitava ao concreto e imediato de uma terra dura de trabalhar mas fácil de conhecer e de gostar, os cálculos da matemática, por mais que o Dr. Ramiro se esforçasse, não eram facilmente apetecidos. Mas vamos ao plano da acção, que é do que vos quero falar. Pois bem, eu só fui à sala de estudo uma vez ou duas; nunca fui muito dada a madrugadas, mas ainda me lembro bem, a porta aberta, e o Director do colégio, era o primeiro a chegar; era, portanto a primeira aula; e ele aí vinha, ágil e rápido, «acertar contas com a Matemática», para o quadro, e de nariz bem levantado, nas pontas dos pés, de mãos fechadas, inclinadas para trás, a barafustar, indignado, num vozeirão tonitroante, quão imensa era a sua sabedoria e competência, «Tu não tens vergonha de ainda não saber isto?», e de mãos abertas, levantadas, «ó minha rica menina, tu não te assustes; não é contigo que eu estou a berrar»;e aí a varinha “mágica”, tentava desfazer escolhos e abrolhos de cabeças ainda adormecidas para a dureza da vida. Que me perdoe o Dr. Ramiro, de cuja imagem apenas me ficaram marcas de generosidade, bondade e uma mente aberta, esclarecida; mas estou em crer que aquela varinha apenas vislumbrava eliminar algum granulozito de pó que pudesse acumular-se nas costas de algum casaco mal escovado e, por isso, afoito às traças. Lá dizia o ditado, «numa mão o pão, noutra a educação», agora não diz, mas o resultado está à vista. Mas passemos ao personagem seguinte, e tinha que ser, pois claro, o Padre Ribeiro, uma figura por demais carismática: generoso de costas e braços, não muito menos na altura, entrava assim de lado, por entre as portas de então, estreitas, embora altas, e vinha sempre apressado, metido numa gabardine azul escura, por baixo um casaco, bem agasalhado, que o inverno em Moncorvo até fazia suar as telhas dos telhados, de cristais a pingar, abrir a boca para respirar, o frio intenso era como facas a cortar, e o orvalho no jardim verde de relva farta, eram rendilhados, de um branco imaculado, gelado a intimidar os “passeantes”, voluntários ou obrigados; mas voltemos ao Padre Ribeiro, também, claro, acompanhado da varinha, que era rápida e certeira; aqui já eu estava muito à vontade, mas ele imprimia uma dinâmica à aula cheia de entusiasmo, quem não se lembra de enunciar os verbos todos, de Francês? Até os papagueávamos! e sabíamo-los todos, e do caderninho de significados, e da estratégia de, os melhores, formarem equipas, escolhendo os restantes elementos para se disputarem os verbos, o vocabulário e a gramática, como se chamava aquele jogo, alguém se lembra? Era uma competição saudável, mas alcançando, assim, uma interacção viva e constante a que ninguém, mesmo os mais apáticos, conseguia escapar. E lá estava a varinha… Depois vinha a D. Maria Pêra, minha professora de Português; eu estava logo à frente, sendo das mais novas e também dos alunos mais pequenos, assim como a Margarida Gouveia, que morava numa rua muito próximo do jardim, eu ocupava a primeira carteira e, como tal, mesmo à mão de semear; e apesar de, com a familiaridade que era peculiar a todos os professores, ela gostar de perguntar, já não sei a quem, pelas botas de polimento, lembram-se? eu não achava grande piada àquela mania que ela tinha de sacudir o pó com a mão, que vos digo que, certa vez, estive na iminência de a sentir, e era tão leve em movimento, quão pesada no cair, a mão, claro. Contudo, a ninguém deixou danos demolidores, aquela mania de preservar os casacos do pó e das traças da vida. Ainda que não fosse muito longo o meu tempo de colégio, dele guardo gratas recordações e agora mesmo perpassa na minha mente o tempo do intervalo: a aula acabava e, mal passávamos a porta da sala, abríamos a saquinha de guardanapo e toca a mastigar o pão com a marmelada, caseirinha, evidentemente, e, o mais provável era ter sido feita à lareira, em avantajada caldeira de cobre e bem batida, sem varinha mágica, mas com a velha e artesanal colher de pau, herança de família, a maior parte das vezes, a rodar, em círculo fechado, na magia das tardes breves de um anoitecer precoce de melancolia rotineira porém saudosa, de casas cheias de gente, de respostas e de certezas; mas estávamos no intervalo, descíamos uns degraus e o espaço enchia-se de alegria e divertimento; animadamente conversávamos e brincávamos de acordo com a idade ou a natureza de cada uma, jogava-se a macaca, trocávamos postais e bilhetinhos, escondidos em cadernos, sebentas ou compêndios e cartas, cromos dos ídolos do nosso mundo pequeno das nossas fantasias; passeávamos sonhos e devaneios, trocávamos confidências amistosas na simplicidade das nossas vidas; penso que o recreio, nas traseiras do colégio, era só de meninas, separado, portanto, do dos rapazes. Eram momentos de sã camaradagem e, logo no primeiro dia em que cheguei, fui surpreendida com o jogo do peixinho, além de outros, como o do lencinho. Terminadas as aulas, que decorriam sobretudo, de manhã, dirigíamo-nos para casa e era uma alegria ver aquela rua, torrente de mocidade, viva de sonhos e de entusiasmos, rua de velhas e sólidas paredes, cheia de jovens, conversando, rindo e brincando, sempre alegres, galhofeiros, e muito francos, irmãos na confraternização e na brincadeira, descendo, uma rua de comércio, de vai e vem de movimentada gente das aldeias circunvizinhas e da vila, cumprindo tarefas iguais, desde aviar um recadinho, fazer umas compras, até visitar os amigos, para não deixar esquecer os mimos da aldeia, sempre na memória de todos. <br />
<br />
<strong>Arinda Andrés</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-52816200246000540372010-12-10T23:58:00.000+00:002010-12-10T23:58:27.698+00:00NOS MEUS TEMPOS DE COLÉGIO Com uma negativa a Desenho, era urgente corrigir a minha falta de jeito, habilidade ou trabalho; fosse o que fosse, tinha que se remediar; e para tal problema não havia melhor solução do que entregar -me à responsabilidade de pessoa bem indicada para semelhante função: o Dr. Leite. E não haja dúvida de que se tratou o mal pela raiz, pelo que consegui obter uma excelente nota no meu exame de 2º ano. E ainda hoje me lembro bem e de que maneira, da estratégia usada, para além da persistência e do trabalho, aquando das nossas imperfeições ou incorrecções ou ausência de destreza manual. Primava pela ironia mordaz, incisiva, mas de tal modo marcante e pertinente, perdoem-me a redundância, que nem aos mais indiferentes ouvidos, ela deixaria de atingir e ficar bem registada na nossa memória; é por isso, de certeza, e eu que até era um pouco, vamos lá, distraída, concentrava-me no meu trabalho, que, ainda que fosse mais ou menos tímida, como quase todas da minha idade, eu era das mais novas, não deixava de achar uma graça enorme, esboçando o «politicamente correcto», sorriso e toca de fazer tudo muito bem feitinho, se não passaria eu, também, para a berlinda. Mas então vamos lá ao cenário, para depois se passar ao acontecimento: nós tínhamos aulas numa sala a seguir à sala de estudo, talvez virada para o recreio; em frente à porta estava o quadro, e, neste espaço, nada exíguo, o Dr. Leite, já a dobrar um pouco as costas, ao sabor da idade, conservando, sempre uma inteligente irreverência, uma figura já respeitável, pelo cargo, pela sua irrepreensível apresentação, sóbria, simples mas distinta, pela sua formação e sabedoria, vestindo um sobretudo preto, a contrastar com a raridade de cabelos brancos, deixando realçar já uma generosa calvície, e se ele agora aqui estivesse, corrigir-me-ia com o humor mais assertivo e sarcástico, mas sempre, sempre, incrivelmente jocoso, e diria, careca! alegremente, ou, num relance de pensamento de duas ou três quadras, mesmo a jeito de retratar o caricato do que quer que fosse ,na sua boa disposição que, quando necessário, alternava com o rigor preciso e necessário; mas sempre activo e nunca dado à melancólica apatia , passeava de cá para lá, sempre de vara na mão, brandindo-a a acompanhar o ritmo do seu discurso, ou o cómico dos seus reparos, e dizia ele , quando as rectas não eram tão perfeitas quanto ele o exigia, e , de certeza que ninguém esqueceu estas imagens , marcantes, inofensivas, acompanhadas de alguma hilaridade, mas de algum modo, não deixando de ser carinhoso, mas embaraçoso para aquele a quem o compasso não acompanhava o rigor preciso e exigido, e era desta maneira que a ninguém ficou indiferente: «mas fizeste aí uma recta tão perfeita que nem o rabiço do Felgar!!», outras vezes, quando as malfadadas elipses não correspondiam ao que ele exigia, «essas encomendaste-as no Larinho; quase desenhaste aí uma albarda! e trouxeste-a logo hoje de manhã!», ou ainda, «vais ter que nos dizer onde há esses púcaros assim tão originais… isso só lá na tua terra…» Claro que ninguém queria ser exposto a esta graça, inofensiva mas que, de certo modo, individualizava; e todos tínhamos que ser os melhores; era uma crítica pertinente. Como excelente professor as notas dele, no exame final, eram, igualmente e sempre, as melhores; dotado de rigor e exigência mas amenizados por um humor fino e acutilante, as suas aulas pautavam pela serenidade de um trabalho dinâmico, interagindo uns com os outros, ordeiramente, mas sempre com o objectivo de alcançar o excelente. Bons tempos!!Bons tempos em que as circunferências, as elipses ou as rectas que não o eram tão imaculadas quanto o necessário , procuravam , já naquele tempo, preservar a ruralidade, o ambiente natural; ou reconhecer o mérito de uma interioridade agora votada ao esquecimento, ao abandono?... <br />
<br />
<strong>Arinda Andrés</strong><br />
<strong><br />
</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-64571698119037289122010-12-10T20:40:00.000+00:002010-12-10T20:40:27.653+00:00MONCORVO,VEJO-TE ASSIM.(Canção)Da serra do Reboredo<br />
Moncorvo,vejo-te assim<br />
Cascata altiva e formosa<br />
Como as rosas de um jardim.<br />
Moncorvo,vejo-te assim.<br />
<br />
Beija-te o rio Douro<br />
E o Sabor te abraça<br />
Suas águas vão correndo,<br />
Dizendo adeus a quem passa.<br />
E o Sabor ter abraç.<br />
<br />
Colégio Campos Monteiro,<br />
Subo a rua é verdade.<br />
Já passaram tantos anos<br />
Mas ficou sempre a saudade.<br />
Subo a rua é verdade.<br />
<br />
Dr.ramiro Salgado.<br />
Que tão ilustre figura.<br />
Seu saber, sua bondade<br />
É imagem que perdura.<br />
Que tão ilustre figura.<br />
<br />
Colégio Campos Monteiro.<br />
Subo a rua,é verdade,<br />
Já passaram tantos anos,<br />
Mas ficou esta saudade.<br />
Colégio Campos Monteiro,<br />
Tu és a minha saudade.<br />
<br />
<strong>Mario Martins</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-34216308193969857122010-12-09T22:14:00.000+00:002010-12-09T22:14:26.665+00:00Eu, não-aluno do Colégio, me confessoComeço com um título que é uma (pequena) provocação. Apesar de corresponder a uma situação factual, não ter sido aluno do Colégio Campos Monteiro, a ele cheguei na sequência do apelo feito pelo Ramiro Salgado, na sessão de lançamento do livro do António Júlio Andrade, História Política de Torre de Moncorvo 1890-1926, que se verificou na Casa de Trás-os-Montes, em Lisboa, a 4 de Dezembro de 2010. Para ele também contribuiu o pedido da Júlia Ribeiro, feito na mesma sessão, para que os moncorvenses interessados colaborassem com e na revista que tem sido editada pela Associação dos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro. Lançado o apelo e feito o convite, aqui fica a resposta. Esperemos que não seja a última e que outros, igualmente «não-alunos do Colégio» (mas talvez amigos…), possam vir a dar o seu contributo. Esperemos, pois.<br />
Ao contrário dos meus irmãos, Camila e Eduardo, dos meus pais, Celeste e Camilo, e do meu avô Francisco, a minha ligação ao colégio Campos Monteiro não passou disso mesmo, das memórias e das vivências de irmãos, pais e avô, ainda que no exercício de funções diferenciadas: uns como alunos, irmãos e mãe, outros como professores, pai e avô. Tirando, talvez, a recordação do meu irmão com uma carecada e de uma fugaz memória de garoto acocorado debaixo da secretária do pai, durante uma aula, nada mais me resta, no que à vivência e à experiência do e no Colégio se referem, do que viver ou fruir as emoções e as memórias alheias, quer de familiares quer de amigos. Mas mais não fosse por isso, pela partilha e pela influência que isso também terá tido na minha vida e personalidade, aqui fica este tributo, que também lhes é endereçado e me honra particularmente.<br />
Mas chega de falar do passado. E ao falar do presente ou do futuro é já na qualidade de «não-aluno do Colégio», qualidade em que me sinto confortável, e em que quero eventualmente prestar a minha colaboração com os projectos e as iniciativas lançadas pela Associação, desde que assumidas com o espírito e o horizonte traçados pelo Ramiro Salgado no seu apelo: abertos, abrangentes e esforçando-se por incorporar o diverso. Não o entender assim – desculpem-me a franqueza – significará o definhar e o fim inevitável do projecto da Associação.<br />
Falando do futuro, precisamente, socorro-me de uma afirmação do António Júlio Andrade, no livro citado acima: «E porque eu sinto que este livro é o começo e não o fim de uma investigação, antecipadamente agradeço as informações e documentos que os meus conterrâneos entenderem por bem trazer à luz do dia para que a história de Torre de Moncorvo seja melhor contada e escrita, para a educação das gerações de moncorvenses que nos seguirem» para balizar ou sugerir algumas pistas de consulta ou de investigação que me parecem vir a ser úteis para este objectivo de «trazer à luz do dia a história de Moncorvo»:<br />
1 – Os arquivos administrativos, designadamente de ministérios, direcções-gerais ou organismos similares;<br />
2 – A diáspora dos naturais, quer nas migrações internas quer para o estrangeiro;<br />
3 – A influência e as transformações no sistema de ensino;<br />
4 – A biografia ou o roteiro de personalidades e/ou eventos;<br />
5 – As práticas e as vivências culturais, populares ou eruditas;<br />
6 – A recolha e sistematização das actividades lúdicas, designadamente dos jogos tradicionais e infantis;<br />
7 – O impacto do cinema ou do teatro;<br />
8 – O impacto e a influência dos designados «direitos de cidadania»: ambiente, responsabilidade social, voluntariado, solidariedade.<br />
Mesmo que muitas destas referências já tenham uma evidência e resultados significativos, não quis deixar de apresentá-los neste contributo. Dar-lhe ou não continuidade ou expressão quantitativa ou qualitativa é uma responsabilidade de todos. Sobretudo – diria eu – dos «não-alunos do Colégio». Vamos lá. Moncorvo agradece.<br />
<br />
José Sobrinho<br />
Lisboa, 8 de Dezembro de 2010.AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-40371515873471313612010-12-07T00:19:00.000+00:002010-12-07T00:19:34.017+00:00ENCONTRO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGql7Xt8VT_yaHYx0FA630u6_rh5ofhcHmTWbYmuNcOaVjG_bYqdMphypsgXAO2m-1JB_scpRJOuC7z2r0IY4tmwUnSS9no2zTAJ1egkz1CyjaGRq8NB6rSbUGjS_F-ceRCXhBq02_bQA/s1600/3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="265" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGql7Xt8VT_yaHYx0FA630u6_rh5ofhcHmTWbYmuNcOaVjG_bYqdMphypsgXAO2m-1JB_scpRJOuC7z2r0IY4tmwUnSS9no2zTAJ1egkz1CyjaGRq8NB6rSbUGjS_F-ceRCXhBq02_bQA/s400/3.jpg" width="400" /></a></div><br />
Realizou-se ontem, 4 de Dezº , na Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, o anunciado encontro dos antigos Alunos e Amigos do nosso velhinho Colégio Campos Monteiro.. <br />
O dia estava frio e chuvoso, mais convidava a ficar em casa, à lareira, do que vir por aí fora, calcorreando estradas e depois, em Lisboa, ainda ter de procurar estacionamento. Pois, apesar do tom cinzento e da feia carantonha do tempo, compareceram cerca de uma centena de velhos – e mais novos - colegas e amigos . Estavam não só muitos dos residentes na capital, mas também arrostaram o temporal colegas vindos do Porto, de Moncorvo, de Carviçais, do Felgar, etc. etc. A Amizade é uma Força ! <br />
Foi esta Força que proporcionou momentos de intensa alegria pelo reencontro, por vezes, após mais de 50 anos de afastamento e de silêncio . Foi um atropelo de exclamações e perguntas e abraços. Foi um reavivar de memórias daqueles tempos que, embora de inocência, envolviam já sacrifícios e responsabilidades. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz-EyVxaIBJ903GtioPK9fTlCg2sCou1roIsMeVHaIFBiyp2nJ5OCjIjzLDb8zwatqf90oKudWTi7BAJSLbbFnYwqUjiJpEfRTg6gjm05xs486nxyE41O_Qhfg_PrNY-uav1ZQz9AWT-8/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgz-EyVxaIBJ903GtioPK9fTlCg2sCou1roIsMeVHaIFBiyp2nJ5OCjIjzLDb8zwatqf90oKudWTi7BAJSLbbFnYwqUjiJpEfRTg6gjm05xs486nxyE41O_Qhfg_PrNY-uav1ZQz9AWT-8/s320/1.jpg" width="320" /></a></div>Perdoem o quase sacrilégio do que vou dizer : houve um momento em que, se eu soubesse cantar, teria entoado o “Hino à Alegria” que é também o hino à Amizade e à Liberdade : “Todos os homens serão irmãos ...”. <br />
<br />
Mas vamos deixar esse momento de grande comoção e passemos ao almoço, também ele composto de manjares dignos dos deuses: alheiras , queijos, presunto, cabrito e vinho da nossa terra ! Não há nada que se lhe compare.<br />
Estou a fazer inveja aos ausentes? É bem feito...<br />
Às 16 horas teve lugar a 2ª parte do encontro: a apresentação do nº especial da nossa Revista “ República e Educação” (umas palavrinhas ditas por mim) e a apresentação do excelente livro do António Júlio Andrade : “História Política de Torre de Moncorvo : 1890-1926 “, a cargo do Rogério Rodrigues, que nos brindou com uma análise de grande rigor e muito saber como, aliás, é seu hábito e a qual foi muito aplaudida.<br />
Várias vozes se ouviram no final deste encontro, manifestando o desejo de outros encontros semelhantes e com maior frequência.<br />
A Direcção da Associação congratula-se pelo êxito de mais esta actividade e agradece a todos os Associados e Amigos a sua presença e o seu apoio.<br />
E uma última, mas não menos importante, palavra de agradecimento vai também para a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro pelo caloroso acolhimento que muito contribuiu para a concretização deste evento, no qual esteve presente a Sra.Dra.Maria de Lurdes Vaz Marques, membro da Direcção desta instituição.<br />
<br />
<strong>Júlia Ribeiro</strong>, 5.Dezº de 2010AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-6694453670537323092010-10-09T00:14:00.000+01:002010-10-09T00:14:26.967+01:00A NOSSA REVISTA<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"><span style="font-size: 14pt;">Alguns excertos(cont.):</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“ O Sr. Padre Rebelo foi registando em letra de forma, ao longo da sua vida, tudo o que foi encontrado de interesse em Trás-os-Montes e Alto Douro e mostrava-me esses registos, quase todos eles repletos de <i style="mso-bidi-font-style: normal;">anotações</i>, feitas à mão, nas margens do texto. O Sr. Padre Rebelo gostava de partilhar os saberes, não os guardava egoisticamente para si.”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(Padre Rebelo, o homem, o colega e o mestre –António Pimenta de Castro)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span></i><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“Ao asseverar a sua despolitização, o autor (Campos Monteiro) não fez mais do que reafirmar a defesa de uma sociedade contrária àquela que caracterizou a Primeira República. Não teve, todavia, tempo de vida suficiente que lhe permitisse olhar, criticamente, a ideologia. A que estruturou o chamado Estado Novo”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(Campos Monteiro, uma leitura—J. Ricardo)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span></i><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“ O livro de Campos Monteiro (<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ares da Minha Serra), </i>não sendo de grande qualidade literária, respeitando embora os cânones da época, tem, no entanto, uma virtude única: dá-nos a conhecer não só o linguajar, bem como a topografia e os costumes de Moncorvo nos princípios do século passado”.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(Ares da Minha Serra—Rogério Rodrigues) </span></i><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“Muito haveria a dizer sobre o impacto da realização das obras na região, mas tal caberá no âmbito de um estudo sociológico aprofundado e que, inclusivamente, poderá trazer à lembrança episódios dignos de registo. Poderá invocar-se o paralelismo com a situação que se poderá observar ao caso da construção do Aproveitamento do Baixo Sabor”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(Pocinho 1976-1983.Memórias de uma barragem—Ramiro Salgado)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“Na realidade esta fase da história das minas de Moncorvo, que já leva cerca de 130 anos, apenas conheceu um fugaz momento, entre 1951 e 1959, de exploração a sério, com alguma sustentabilidade, envolvendo grandes contingentes de pessoal e de máquinas, sem grandes sobressaltos e com expectativas de continuidade. Não durou 10 anos.”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(A odisseia do ferro de Moncorvo até à Ferrominas –Nelson Campos)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span></i><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“A questão religiosa na I República,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aparte da participação portuguesa na Guerra de 1914, da pneumónica e do revivalismo católico de Fátim, terá sido uma das causas maiores para a queda e falência do generoso ideário do regime republicano”.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(A<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>questão religiosa e Afonso Costa –Rogério Rodrigues)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span></i><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“ Em 10 de Dezembro de 1908, o jornalista, panfletário e historiador João Chagas, em memorável carta ao rei D. Manuel aproveitando a ocasião da sua viagem ao Norte, a dada altura pergunta: Quem foi o Buiça? Responde: O Buíça, meu príncipe, foi – a Fatalidade”.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(Buíça, um apelido perigoso—Armando Fernandes)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;"></span></i><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“À medida que as visitas se foram sucedendo, com meses de intervalo e correspondência trocada, Berta foi desenvolvendo uma relação ambígua, quase protectora em relação a Abel Olímpio. Quando o Dente de Ouro adoeceu, chegou a oferecer-se para lhe pagar o tratamento médico em troca de informações. No entanto, foi só <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quando Berta ameaçou contar tudo à mãe de Abel, ainda viva em Torre de Moncorvo e ignorante das malfeitorias do filho que este aceitou confessar”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(O Vilão de Moncorvo---Tiago Rodrigues)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">“Em 2010, o projecto colectivo continua de pé, apesar de nos sentirmos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>condicionados pela disponibilidade limitada e alguns actores, com vidas profissionais nem sempre conciliáveis<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>com amor à arte de Telma”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="PT" style="font-size: 14pt;">(Moncorvo tem Alma do Ferro—Américo Monteiro)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-87085838843470633482010-10-06T19:22:00.000+01:002010-10-06T19:22:54.545+01:00A NOSSA REVISTA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcpAgnvl-T4GU7WiQYRJrnr-T-Z-QyCN4pqF6yOV2xsvD2sXA10IWbRIJtm29Fp_EsDycN7wRgv9f68DZSpOES_j5VANzUOp8f94__GYfEbnuSsu8Q6zqur0dZSTDCWEGcMgDSCCPMEUw/s1600/capacole.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" ex="true" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcpAgnvl-T4GU7WiQYRJrnr-T-Z-QyCN4pqF6yOV2xsvD2sXA10IWbRIJtm29Fp_EsDycN7wRgv9f68DZSpOES_j5VANzUOp8f94__GYfEbnuSsu8Q6zqur0dZSTDCWEGcMgDSCCPMEUw/s320/capacole.jpg" width="228" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique na imagem para aumentar</td></tr>
</tbody></table>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-66770057251116800062010-10-04T22:18:00.000+01:002010-10-04T22:18:39.837+01:00A NOSSA REVISTA<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">A Associação dos Alunos e Amigos do ex-Colégio Campos Monteiro de Moncorvo vai levar a efeito o lançamento da próxima edição da sua revista<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no dia 9 de Outubro pelas 14h-30m na Casa Regional dos Transmontanos e Alto-Durienses do Porto, à Rua de Costa Cabral, nº 1037 no Porto, sendo a apresentação feita pela associada<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Maria Júlia Barros Guarda Ribeiro. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">Trata-se de um evento na linha de continuidade de idênticas iniciativas que a Associação tem levado a cabo, desta vez com a preciosa intervenção do escritor e jornalista, e também antigo aluno, Rogério Rodrigues, na tarefa de organização da revista, cuja direcção<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>cabe àquela<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>nossa Colega. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">O conteúdo da revista encerra temas, predominantemente, sobre o Ensino e a República, relativos ao período correspondente ao fim da monarquia e primeiros<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>anos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>República na nossa região, havendo, ainda alguns artigos que, embora não tenham uma relação directa com aqueles temas, dizem, igualmente, respeito ao nosso concelho. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 14pt;">No dia 16 de Outubro decorrerá a apresentação da Revista integrada na sessão de lançamento do livro de António Júlio Andrade, na Biblioteca Municipal de Torre de Moncorvo, sob a iniciativa da Câmara Municipal. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">Alguns excertos:</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">“Sabemos que entre 1911 e 1917 (…) no concelho de Moncorvo havia 33 escolas: 14 do sexo masculino, 12 do sexo feminino e sete escolas mistas. Em algumas freguesias, devido ao número insuficiente de crianças, havia uma escola mista que tinha à frente uma professora. Açoreira, Adeganha,Horta, Junqueira, Peredo dos Castelhanos e Souto da Velha tinham escolas mistas”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">(<i style="mso-bidi-font-style: normal;">O Ensino público em Torre de Moncorvo na Primeira República—Conceição Salgado)</i></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">“António Sérgio foi ministro da Instrução em 1923, durante dois meses e 10 dias (…)Criou o ensino especial para crianças deficientes. Levou o cinema às escolas (cinema educativo). Estabeleceu as bases para a organização de Museus Educativos (hoje seriam chamados Centros de Recursos). Fundou o Instituto Português do Cancro (hoje Instituto Português de Oncologia)”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;">(Os conceitos de Democracia e de Pedagogia <personname productid="em Ant�nio S←rgio" w:st="on">em António Sérgio</personname> ---Júlia Ribeiro)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">“A função principal da educação é indiscutivelmente a criação de cidadãos submissos, isto é, de cidadãos que aceitem, sem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>qualquer contestação., a Autoridade de Salazar. Quando a educação não cumpre essa missão, resta ainda o recurso à violência, à repressão. Educação e repressão foram os dois pilares em que o regime se apoiou”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;">( O Conceito de Educação no Estado Novo—César Urbino Rodrigues)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoBodyText2" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Times New Roman", "serif"; font-weight: normal; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><span style="font-size: large;">“Neste texto, tentarei, em jeito de resenha, dar a conhecer a evolução do ensino em Torre de Moncorvo, desde a criação do Colégio Campos Monteiro até à actualidade,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>bem como uma breve apresentação do actual Agrupamento de Escolas de Torre de Moncorvo”.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="color: black;"></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>( O Ensino em Torre de Moncorvo de <metricconverter productid="1936 a" w:st="on">1936 a</metricconverter> 2010—Alberto Areosa)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">“Pessoa amiga e ainda ‘meio família’ que visitava a casa dos meus pais, residente em Moncorvo mas com propriedades em Maçores, insistia para que o menino que eu era, com os seus nove anitos, fosse estudar para a vila, ficando albergado em sua casa na rua da Misericórdia. Decisão difícil para os meus pais, pois era filho único”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;">(Para lá do Roboredo…--Alípio Tomé Pinto)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">“Dizer adeus a Moncorvo não foi fácil, nem para mim, nem para a minha mulher, nem para os meus filhos ( dois, na altura). Já tínhamos, todos nós, deitado raízes no chão criançoso dessa terra acolhedora.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">Pela minha parte, vivi ali três nãos que me tinham transmitido experiências novas e sobretudo novos amigos “</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;">(A minha ida à guerra—A.M. Pires Cabral)</span></i></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 14pt;">“Antítese do perfil típico do funcionário público, sendo um homem de relacionamento fácil, rapidamente se inseriu no meio, fazendo amizades à esquerda e à direita (literalmente), tem, por gosto ou necessidade, multiplicado as suas actividades: Chefe de Secretaria, Professor no Colégio Campos Monteiro ou dedicando parte do seu tempo à Livraria – Selecta de seu nome – a primeira de Torre de Moncorvo”</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-size: 14pt;">(Pai e Amigo Leandro—João Mário)</span></i><span style="font-size: 14pt;"></span></div>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-53373466575142326542010-09-13T09:05:00.000+01:002010-09-13T09:05:01.859+01:00Quadras dedicadas a antigos alunos do Colégio Campos Monteiro.(III)XIII<br />
<br />
<br />
A Lela (12) era um primor <br />
<br />
Quando a Lucília (13) imitava, <br />
<br />
Fazia-o com tal rigor<br />
<br />
Que qualquer um acreditava.<br />
<br />
XIV<br />
<br />
A Etelvina (14) levava a palma <br />
<br />
De “bisbilhoteira” debutou, <br />
<br />
Notável na arte de Talma <br />
<br />
Pena que não continuou. <br />
<br />
XV <br />
<br />
Botelho também António (15) <br />
<br />
Do tiro aos pombos perito, <br />
<br />
Com “Flauber” que demónio <br />
<br />
Mata o pombo mais aflito. <br />
<br />
XVI<br />
<br />
Qual D. Quixote atrevido (16) <br />
<br />
Com espada de cavaleiro, <br />
<br />
Defende a mana aguerrido <br />
<br />
Pobre do Rocha barbeiro. <br />
<br />
XVII<br />
<br />
Doutora Maria Pêra <br />
<br />
Na História imperava, <br />
<br />
E ao Armando da cera (17)<br />
<br />
Por “ Tu Matos” chamava.<br />
<br />
XVIII<br />
<br />
O Alves também Madeira(18) <br />
<br />
Bom rapaz tudo calava, <br />
<br />
As orelhas à maneira<br />
<br />
Que ninguém a mal levava.<br />
<br />
XIX<br />
<br />
Enquanto as abanava <br />
<br />
Era tal a ventania,<br />
<br />
Que a Nita(19) enregelava<br />
<br />
Apesar da valentia. <br />
<br />
XX<br />
<br />
Em viagem p´ra Bragança <br />
<br />
Onde fomos p’ra cantar, <br />
<br />
Antes das canções festança <br />
<br />
De quem queria merendar.<br />
<br />
XXI<br />
<br />
Um pássaro morto tocou (20)<br />
<br />
Ao Dr. Sobrinho por sina,<br />
<br />
Quase que se engasgou<br />
<br />
Maldade que o Zé assina.<br />
<br />
XXII<br />
<br />
A Carmen Pires foi madrinha <br />
<br />
Da tuna dos estudantes,(21) <br />
<br />
Foi um desbaste na vinha <br />
<br />
E bebedeiras delirantes. <br />
<br />
XXIII<br />
<br />
Serão lapsos de memória <br />
<br />
As tranças que então usavas? (22) .<br />
<br />
Ou fazem parte da história<br />
<br />
E o laço que as encimava.<br />
<br />
XXIV<br />
<br />
Boa aluna sei que eras<br />
<br />
E do Inglês gostaste,<br />
<br />
Não ficaste por quimeras<br />
<br />
O teu Curso terminaste. <br />
<br />
XXV<br />
<br />
Rumaste para Macau <br />
<br />
A pensar no Rio Douro,(23) <br />
<br />
E onde havia calhau <br />
<br />
Transformaste-o em tesouro.<br />
<br />
XXVI<br />
<br />
De face harmoniosa(24)<br />
<br />
Que recordo com saudade,<br />
<br />
Que postura tão airosa<br />
<br />
Lembro a Raquel Sambade.<br />
<br />
XXVII<br />
<br />
Da Amélia Peixe vos falo<br />
<br />
Na Câmara Municipal, <br />
<br />
De minhota um regalo! <br />
<br />
A folgar ao Carnaval. (25) <br />
<br />
<br />
NOTAS EXPLICATIVAS <br />
<br />
(12) Maria Amélia Morgado Lima filha do Dr. Lima<br />
<br />
(13) Dra. Lucília Lopes. <br />
<br />
(14) Etelvina Botelho fez um grande sucesso na peça “A Bisbilhoteira” que representámos no Cine Teatro da nossa Terra. <br />
<br />
(15) O António Moritze Botelho num pombal perto da quinta do Marmeleiro fez tiro ao alvo, eu que o acompanhava, não matei qualquer pombo, mas levei por tabela do meu pai.<br />
<br />
(16) O António face a uma situação de desacordo entre a irmã, Etelvina Botelho, e o Rocha vá de entrar de espada em riste na barbearia deste obriga-o a correr à sua frente, Rua do Cano abaixo, hoje Visconde de Vila Maior. O pai, Dr. Botelho, sai da relojoaria do Manuel relojoeiro e brinda o Rocha com uns sopapos, os quais lhe causariam alguns dissabores.<br />
<br />
(17) Recorda-se o Armando de Matos de Felgueiras, na época dos cerieiros.<br />
<br />
(18) Armando Madeira Alves de Freixo de Espada à Cinta.<br />
<br />
(19) A Nita - Ana Sara Brito é chamada a colação. <br />
(20) O Coro do Colégio foi actuar num Concurso à sede de distrito, quando parámos para merendar, o José Maria Fernandes juntou ao lanche do Dr. Sobrinho um pássaro morto, o que muito irritou o nosso professor.<br />
(21) A Tuna de Coimbra actuou em Moncorvo, com Sarau de Gala na Câmara Municipal o Fernando Chiote (hoje médico) trasmontano de Bragança, aboletou em minha casa, foi tal a piela que teve de ser levado de padiola. Os meus pais cederam o quarto em que dormiam no primeiro andar para instalar o Chiote. O Fernando com os vapores do álcool a toldarem- - lhe o raciocínio resolve vestir o casaco da minha mãe saindo para a Rua 1º de Dezembro e tentou dirigir-se para a Praça Francisco Meireles, o que eu consegui evitar. O caricato da situação é que no dia seguinte a minha inefável Avó Laudemira, que dormia no rés do chão, a primeira coisa que me disse, no dia a seguir, foi - Olha que o estudante que dormiu cá em casa tem um pijama quase igual ao casaco da tua mãe.<br />
(22) As duas quadras que se seguem são dedicadas à Maria Júlia Ferreira Guarda Ribeiro.<br />
(23) Ao Manuel Pinto e à sua meritória obra na de valorização do património que os pais lhe deixaram no Vale do Sabor.<br />
(24) Para Raquel de Araújo Sambade, cuja simpatia e simplicidade era de todos reconhecida.<br />
(25) Não sei se te recordas de um baile que houve na Câmara Municipal, qual seria a nossa idade? … dez, onze anos? Vá lá saber-se ? Chego a espantar-me destas reminiscências !!!<br />
<br />
<br />
As quadras que vierem a ser produzidas, a partir de agora terão a numeração que podereis constatar.<br />
A quadra seguinte dedicada ao Dr. Ramiro Salgado, que apresento sem numeração será a sempre a última, uma vez que, como povo diz, “ os últimos serão os primeiros”.<br />
<br />
(Numeração a ser dada pelo Centro de Memória, uma vez que estou certo de que mais quadras virão à estampa).<br />
<br />
Doutor Ramiro Salgado<br />
Que ensinaste gerações,<br />
Serás sempre lembrado<br />
Conquistaste corações.<br />
<br />
Por agora, no que toca a quadras, e para relembrar , deixo uma dedicada pela rapaziada mais antiga à Dra.Lucília Lopes e que rezava assim:<br />
<br />
Caiam raios sem fim<br />
Chuva a cântaros e potes,<br />
Acaba a aula de Ciências<br />
Da chata Lucília Lopes. <br />
<br />
Ela que me perdoe … já perdoou.<br />
<br />
A dificuldade de escrever uma quadra que relatasse uma situação criada pelo Cassiano Meireles quando da nossa viagem para fazermos a admissão ao Liceu em Bragança, leva-me a transcrevê-la, pelo pitoresco de que se reveste.<br />
O José Cassinano Meireles era afilhado de S. José e foi à Igreja Matriz despedir-se do padrinho e como deixava a mãe sozinha em Moncorvo, ajoelhou-se aos pés do santo e a “conversa” foi do seguinte teor:<br />
- Oh! Padrinho eu vou a Bragança fazer a admissão ao Liceu e tu toma-me cá conta desta “cagalheta”, referindo-se à mãe. É preciso deixar claro que a expressão não tinha qualquer sentido pejorativo. Nunca ficámos a saber o que o Santo lhe terá respondido.<br />
Ficam tantos por recordar, no entanto gostaria de verter para o papel os nomes dos seguintes antigos colegas: os seis irmãos Salgado, a Benilde, o Carlos Canhoto, os dois João Lima, a Fernanda Fernandes, o Emílio Guerra, a Fernanda Brito, o Octávio Morgado (Penedono), a Olinda Paixão, o Quimcá (Joaquim Carlos Simões), a Zelda Simões, o Néné, os José e Heitor Serra, o Moutinho de Foz Côa, o Mário Afonso Pinto, o José Luís Baptista, o Aurélio Ferreira, o Afonso Dias, o Francisco Mateus, o Eurico Madeira, o Emídio Poiares, as irmãs Síria, Susana e Lénita, a Maria Amélia Peixe e tantos outros que seria muito difícil ou quase impossível enumerar (que me desculpem aqueles que não referi, mas foi sem qualquer intenção).<br />
A maioria destas quadras foram alinhavadas em casa da Maria Lucinda Antunes na Quinta da Marinha em Cascais, numa inesquecível reunião de Moncorvenses realizada no dia 3 de Junho de 2002. <br />
<br />
Um grande abraço para todos os antigos alunos, do nosso Colégio de sempre.<br />
Saudações “Monteirianas”,<br />
Do <strong>Manuel Serapicos</strong>AAACCMhttp://www.blogger.com/profile/03183932715826091566noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5660779848828562727.post-3035571536268562852010-09-06T21:56:00.000+01:002010-09-06T21:56:33.152+01:00TRECHO DO SABOR<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwZG56u58On-zxgljRiBu5UTW5JLLNyWwtYKLkZQTDVdDhZTIg44kEddoSkunG3qPe25jWndjdnVFNzh_WaYfZ1fDuTL1GtTuG2Vz086qNOv9Ji79WKPSjMscU5tPtiSj6Nz7EiBftvNyo/s1600/benilde.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="303" ox="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwZG56u58On-zxgljRiBu5UTW5JLLNyWwtYKLkZQTDVdDhZTIg44kEddoSkunG3qPe25jWndjdnVFNzh_WaYfZ1fDuTL1GtTuG2Vz086qNOv9Ji79WKPSjMscU5tPtiSj6Nz7EiBftvNyo/s400/benilde.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><em>Click</em> na imagem para aumentar</span><br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;"><strong>PINTURA DA NOSSA COLEGA BENILDE SALGADO</strong></span></td></tr>
</tbody></table>Unknownnoreply@blogger.com4