sábado, 9 de outubro de 2010

A NOSSA REVISTA

Alguns excertos(cont.):
“ O Sr. Padre Rebelo foi registando em letra de forma, ao longo da sua vida, tudo o que foi encontrado de interesse em Trás-os-Montes e Alto Douro e mostrava-me esses registos, quase todos eles repletos de anotações, feitas à mão, nas margens do texto. O Sr. Padre Rebelo gostava de partilhar os saberes, não os guardava egoisticamente para si.”
(Padre Rebelo, o homem, o colega e o mestre –António Pimenta de Castro)

“Ao asseverar a sua despolitização, o autor (Campos Monteiro) não fez mais do que reafirmar a defesa de uma sociedade contrária àquela que caracterizou a Primeira República. Não teve, todavia, tempo de vida suficiente que lhe permitisse olhar, criticamente, a ideologia. A que estruturou o chamado Estado Novo”
(Campos Monteiro, uma leitura—J. Ricardo)

“ O livro de Campos Monteiro (Ares da Minha Serra), não sendo de grande qualidade literária, respeitando embora os cânones da época, tem, no entanto, uma virtude única: dá-nos a conhecer não só o linguajar, bem como a topografia e os costumes de Moncorvo nos princípios do século passado”.
(Ares da Minha Serra—Rogério Rodrigues)

“Muito haveria a dizer sobre o impacto da realização das obras na região, mas tal caberá no âmbito de um estudo sociológico aprofundado e que, inclusivamente, poderá trazer à lembrança episódios dignos de registo. Poderá invocar-se o paralelismo com a situação que se poderá observar ao caso da construção do Aproveitamento do Baixo Sabor”
(Pocinho 1976-1983.Memórias de uma barragem—Ramiro Salgado)

“Na realidade esta fase da história das minas de Moncorvo, que já leva cerca de 130 anos, apenas conheceu um fugaz momento, entre 1951 e 1959, de exploração a sério, com alguma sustentabilidade, envolvendo grandes contingentes de pessoal e de máquinas, sem grandes sobressaltos e com expectativas de continuidade. Não durou 10 anos.”
(A odisseia do ferro de Moncorvo até à Ferrominas –Nelson Campos)

“A questão religiosa na I República,  aparte da participação portuguesa na Guerra de 1914, da pneumónica e do revivalismo católico de Fátim, terá sido uma das causas maiores para a queda e falência do generoso ideário do regime republicano”.
(A  questão religiosa e Afonso Costa –Rogério Rodrigues)

“ Em 10 de Dezembro de 1908, o jornalista, panfletário e historiador João Chagas, em memorável carta ao rei D. Manuel aproveitando a ocasião da sua viagem ao Norte, a dada altura pergunta: Quem foi o Buiça? Responde: O Buíça, meu príncipe, foi – a Fatalidade”.
(Buíça, um apelido perigoso—Armando Fernandes)

“À medida que as visitas se foram sucedendo, com meses de intervalo e correspondência trocada, Berta foi desenvolvendo uma relação ambígua, quase protectora em relação a Abel Olímpio. Quando o Dente de Ouro adoeceu, chegou a oferecer-se para lhe pagar o tratamento médico em troca de informações. No entanto, foi só  quando Berta ameaçou contar tudo à mãe de Abel, ainda viva em Torre de Moncorvo e ignorante das malfeitorias do filho que este aceitou confessar”
(O Vilão de Moncorvo---Tiago Rodrigues)

“Em 2010, o projecto colectivo continua de pé, apesar de nos sentirmos  condicionados pela disponibilidade limitada e alguns actores, com vidas profissionais nem sempre conciliáveis  com amor à arte de Telma”
(Moncorvo tem Alma do Ferro—Américo Monteiro)

1 comentário:

José Sobrinho disse...

Uma resposta ao repto da Júlia Ribeiro, no lançamento do livro de António Júlio Andrade, História Política de Torre de Moncorvo, que se realizou hoje em Lisboa, na Casa de Trás-os-Montes.
Uma palavra de apreço também para o Ramiro Salgado, que fez um apelo para colaborações mais diversificadas e fora do núcleo dos antigos alunos do Colégio Campos Monteiro. Aqui fica o meu agrado e a manifestação de disponibilidade.