quarta-feira, 23 de junho de 2010

ALFREDO PEIXE

6 comentários:

Anónimo disse...

À grande Alfredo. Uma Fátima na Alfandega dava um jeitão. Tinham que passar por Moncorvo os peregrinos das beiras.

Anónimo disse...

À grande Alfredo. Uma Fátima na Alfandega dava um jeitão. Tinham que passar por Moncorvo os peregrinos das beiras.

Anónimo disse...

Parabens por mais esta recolha do antigamente.

Por ser filho e neto de felgarenses que se deslocaram a Vilar Chão para assistirem in locco ao anunciado milagre do sol, sei muitas estórias saborosas sobre o fenomeno da Amelinha.

E dizem que o sol rodou e rodopiou...e, mais tarde,qd. a Amelinha veio ao Felgar, foi tal o rebuliço mistico vivido que levou uns a jurarem, e outros a trejurarem, que até viram a imagem resplandecente de N. Sra. na Rua Direita.

Se tivesse ganhos foros de autenticidade, se calhar Vilar Chão seria como Fatima... só que aqui ficou obra.

Mts. vezes, e por bem menos, o fenomeno pega e então o progresso está aí mm. ao virar da esquina e, de certeza, q. as tão ansiadas auto estradas já tinham chegado.

Bom fim de semana

Um felgarense.

Anónimo disse...

Crendice popular
LAMEGO E VILAR CHÃO
- DOIS CASOS PARALELOS
Por Manuel Dias, Jornalista e Escritor

....Nenhum deles, porém, se equiparará aos que tiveram como intérpretes as “estigmatizadas” de
Lamego e de Vilar Chão, essa aldeia perdida em terras transmontanas que se libertou do anonimato ao atrair dezenas de milhar de homens, mulheres e criança em busca do sobrenatural tangível. Curiosamente, em ambas as situações e no centro dos acontecimentos surgiram dois padres, um na qualidade de guia espiritual da “escolhida” e outro no papel de patrão da “miraculada”... Enfim, histórias que não se apagam da memória colectiva.

Duas “escolhidas”
com engenho e arte...

Em Lamego, tudo começou quando, em 1932, ganhou eco a notícia de que uma serviçal de monsenhor Joaquim Baptista, na propriedade que ele tinha na freguesia de Granja Nova passara a ver, das quintas para as sextas-feiras, abrirem-se-lhe chagas nas mãos. nos pés e no peito, que sangravam durante cerca de duas horas. Badalado o acontecimento, geraram-se movimentos populares para “santificar” a Maria da Conceição de Jesus (assim se chamava) que, nos momentos de “crises”, entre esgares, clamava que se tratava de coisas “que os médicos não curavam, porque as não entendiam” e não se furtava a comentar que “os senhores doutores também dizem muitas tolices”...
Os crentes acorriam de todo o lado para entrarem em contacto com a “miraculada”, entoando preces e fazendo do angustiantes pedidos, com promessas à mistura. O “fogo sagrado da crendice” foi sendo alimentado ao longo do tempo e para isso muito terão contribuído vários jornais, que acompanharam de perto o caso e assim o propagandearam. Até que, um dia, um padre-jornalista do diário católico “As Novidades” descobriu que afinal era a “santa” que, com uma navalha, fazia nela própria os “estigmas”. No entanto, descoberta a aldrabice, a Maria da Conceição continuou, durante algum tempo, nas boas graças dos seus fiéis e, decorrido mais de um ano, ao que noticiava “A Voz de Lamego” ela por lá passava, “bem vestida, bem trajada, sem sinais de privações ou penitências”...

Em Vilar Chão (Alfândega da Fé) a “miraculada” era uma jovem a quem –segundo dizia – “Nossa Senhora aparecia todos os dias pelas sete horas da tarde”. Chamava-se Amélia da Natividade, tinha 22 anos, estava entrevada desde os 15, e na boca, de lado a lado, tinha “uma ferida ulcerosa, de mau aspecto, que a impedia de comer”. Como os médicos “não atinassem com as causas do estranho mal”, o padre da freguesia sugeriu-lhe que implorasse um milagre a Nossa Senhora. Ela assim fez e logo recebeu a “visita” da Virgem que, depois, a curou! Anunciada a “boa nova” passaram a afluir àquela aldeia perdida em Trás-os-Montes dezenas de milhar de peregrinos em busca do “sobrenatural palpável” e que contribuíram largamente para que o casebre da “santa” desse lugar a um templo, cuja construção teria sido pedida por Nossa Senhora durante um dos seus encontros com a Amélia... Segundo ela contou, uma vez por outra ia de visita ao Céu, assim como ao Inferno e ao Purgatório. Numa dessas digressões, “viu” Nosso Senhor com uma cruz, cuja sombra – segundo disse – “projectada na minha testa, deu origem ao sinal que apresento”!!! Foi esta a explicação dada para os “estigmas”, com a forma de uma cruz, que a Amélia da Natividade exibia não só na testa como nas costas das mãos.
Tal espectáculo, iniciado em Julho de 1946, esteve em cena até 1951, altura em que a “estigmatizada” foi internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, a fim de ser observada. Descobriu-se, então, que fazia nela própria os “estigmas” utilizando duas pequenas cruzes de metal, nas quais derramava tintura de iodo, e ao colocá-las na pela provocava aquelas crostas. O material, esse, escondia-o nas partes pudendas!... Foi ali que o descobriram.
Enfim, “coisas do arco da velha”!

Anónimo disse...

vá a:

http://www.dodouropress.pt/index.asp?idedicao=66&idSeccao=896&Action=seccao

Anónimo disse...

O pai do senhor Alfredo foi o grande fotógrafo da vila .O professor Arnaldo ,recolheu tudo e está à disposição de todos no museu da fotografia. Está lá a foto oficial da santa de Vilar Chão. Também está na internet,do museu
Admiro a coragem ,frontalidade ,tão fora de uso ,do senhor Alfredo Peixe.
um moncorvense